Sexta, 01 Novembro 2019 15:46

Solenidade de Todos os Santos

Hoje, dia 01/11, nossa Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. No texto disponibilizado abaixo é possível saber mais sobre o surgimento e o sentido desta celebração e conferir a reflexão do Papa Francisco sobre este dia.

 

Solenidade de Todos os Santos

No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a festa de Todos os Santos. Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após o dia 31 de outubro que os celtas ingleses, pagãos, celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween).

Esta Solenidade de Todos os Santos vem do século IV. Em Antioquia, celebrava-se uma festa por todos os mártires no primeiro domingo depois de Pentecostes. A celebração foi introduzida em Roma, na mesma data, no século VI, e cem anos após era fixada no dia 13 de maio pelo papa Bonifácio IV, em concomitância com o dia da dedicação do “Panteão” dos deuses romanos a Nossa Senhora e a todos os mártires. No ano de 835, esta celebração foi transferida pelo papa Gregório IV para 1º de novembro.

A Igreja já canonizou mais de 20 mil Santos, mas há muito mais que isto no Céu.

A Encíclica “Lúmen Gentium”, do Vaticano II, lembra que: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956)

Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse o Concilio Vaticano II que: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lg 40). Todos são chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48): “Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos” (LG 40).

 

Reflexão do Papa Francisco

“Somos todos chamados à santidade”: foi o que recordou o Papa Francisco ao rezar com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro o Angelus por ocasião da Solenidade de Todos os Santos. A data é festejada com um feriado não só no Vaticano, mas em toda a Itália.

“Os Santos e as Santas de todos os tempos não são simplesmente símbolos, seres humanos distantes, inalcançáveis. Pelo contrário, são pessoas que viveram com os pés no chão”, afirmou o Pontífice.

Eles experimentaram a fadiga diária da existência com os seus sucessos e fracassos, encontrando no Senhor a força para se levantar e continuar o caminho.

Isso demonstra que a santidade é uma meta que não pode ser alcançada apenas pelas próprias forças, mas é o fruto da graça de Deus e da nossa livre resposta a ela.

Portanto, acrescentou o Papa, a santidade é dom e chamado.

Enquanto graça de Deus, isto é, dom, explicou, é algo que não podemos comprar ou trocar, mas acolher, participando assim da mesma vida divina através do Espírito Santo que habita em nós desde o dia do nosso Batismo.

Trata-se de amadurecer sempre mais a consciência de que estamos enxertados em Cristo, como o ramo está unido à videira, e por isso podemos e devemos viver com Ele e Nele como filhos de Deus. “Então a santidade é viver em plena comunhão com Deus, já agora, durante a peregrinação terrena.”

Além de ser um dom, disse ainda Francisco, a santidade é também chamado, vocação comum dos discípulos de Cristo; é o caminho de plenitude que cada cristão é chamado a percorrer na fé, caminhando para a meta final: a comunhão definitiva com Deus na vida eterna.

A santidade torna-se assim uma resposta ao dom de Deus, porque se manifesta como assunção de responsabilidade. “Nesta perspectiva, é importante assumir um sério e cotidiano compromisso de santificação nas condições, deveres e circunstâncias da nossa vida, procurando viver tudo com amor, com caridade”, recomendou o Papa.

Olhando para as vidas dos santos, prosseguiu Francisco, somos encorajados a imitá-los. Entre eles, estão muitas testemunhas de uma santidade "da porta ao lado, daqueles que vivem perto de nós e são reflexo da presença de Deus".

“A recordação dos Santos leva-nos a erguer os olhos para o Céu: não para esquecer as realidades da terra, mas para enfrentá-las com mais coragem e esperança.”

Ao final da oração mariana, falando ainda da Solenidade de Todos os Santos e do Dia de Finados, o Papa disse que essas duas festas cristãs nos recordam o vínculo que existe entre a Igreja da terra e a do céu, “entre nós e os nossos entes queridos que passaram para a outra vida”.

E lembrou que amanhã celebrará a Eucaristia nas catacumbas de Priscila, “um dos lugares de sepultura dos primeiros cristãos de Roma”.

“Nestes dias, em que, infelizmente, circulam também mensagens de cultura negativa sobre a morte e sobre os mortos, convido vocês a não negligenciarem, se possível, uma visita e uma oração ao cemitério”, foi o convite final do Pontífice.

Fontes:

https://franciscanos.org.br/carisma/santos-franciscanos

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-11/papa-francisco-angelus-solenidade-todos-santos.html

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